sábado, 26 de dezembro de 2009

Cuide de seu bem estar psicológico

Muitas vezes, a última ajuda que uma pessoa procura quando está agoniada é a de um psicólogo. A Psicologia é uma ciência nova que começou suas atividades entre 1760 e 1800, oriúnda da filosofia e com diferentes abordagens de um mesmo problema: como se viver num ambiente social e se comportar diante dos desafios que ocorrem no relacionamento entre o individuo e seu meio cultural, familiar, ao mesmo tempo se relacionando com outros seres humanos.

Ser racional e ao mesmo tempo lidar com as emoções no dia a dia, não é uma tarefa fácil. Diante de uma situação de adoecimento físico ou de uma perda de alguém querido ou mesmo de uma ansiedade, uma angústia e uma depressão que parece infinita, é muitas vezes o momento onde se percebe mais o desequilíbrio emocional. Aparecem então, sem número de fórmulas mágicas de como ser feliz o que contribui para as vezes piorar um quadro de mal-estar psicologico que não foi tratado de forma adequada.

Nesse caso, muitas vezes, o último recurso a ser buscado é o da terapia com psicólogos. Isso se dá por diferentes motivos. O primeiro deles: preconceito.


Muitas pessoas ainda acreditam que buscar uma ajuda psicológica é ser rotulado de louco. Ainda se faz muita confusão sobre a atuação do profissional/psicólogo. Existem sem número de abordagens, linhas de atuação, propostas terapêuticas das mais variadas e no geral a população sabe muito pouco disso. Ainda por cima, assumir que não está bem e que o principal agente desse mal-estar é uma dor da alma,emocional, sentimental, produzida na mente, parece "frescura".
É, no entanto, num momento de grande estresse que acontece muitas vezes um enfarte ou um AVC. É num momento de um luto que fica evidente e pode aparecer um desânimo, um consumo compulsivo de alimentos, uma embriaguez compulsiva um desejo de isolamento e mesmo uma falta de motivação para a vida.

O segundo motivo da demora em busca da terapia é: financeiro. A terapia, em geral, é um procedimento caro e muitas vezes, sem previsão de término. Tem um custo elevado e muitas vezes o acesso a ela depende de contatos pessoais não custeado pelos planos de saúde. Por mais que hoje já exista alguma cobertura que inclui o atendimento psicológico, todos sabem que é limitado e visto com ressalvas. As universidades disponibilizem atendimento em seus Serviços de Psicologia Aplicada, mas isso é bastante limitado. E na rede pública de saúde o atendimento de psicólogos ou está ligada a rede hospitalar de forma bastante resumida, pois são poucos os profissionais contratados para dar conta de uma demanda imensa . Ou está em sua maioria mais voltado para casos graves, em auxilio ao trabalho da psiquiatria e da saúde mental mais complexa, tais como, psicóticos e neuróticos graves, dependentes químicos e que exigem uma equipo multidisciplinar. Nesse sentido, os caso de baixa complexidade, que são a maioria, ficam sem atendimento adequado.

Nunca se precisou tanto da atuação de psicólogos. O mundo cada vez mais em sua complexidade, vai precisar desses profissionais pois, quanto mais pessoas convivêndo num espaço urbano mais a probabilidade de acontecerem conflitos de gerações e familiares, agressividade, impaciência, intoleração e sentimentos de baixa alto estima e de insatisfação pessoal.
Ouvimos psicólogos diante de atos incompreensiveis, de atitudes inapropriadas, oorém, na vida cotidiana nos grandes centros urbanos com grande concentração de indivíduos de costumes, famílias, religiões, interesses culturais diferentes cada vez mais vai se fazer necessário valorizar este profissional que muitas vezes é mal remunerado e escasso.
Por isso, recomendo, ao menor sinal de ansiedade, angústia e depressão, PROCURE UM PSICÓLOGO. O psicólogo não é um mágico, nem feiticeiro, nem curandeiro.... mas ele tem uma escuta para os problemas da alma que é sua especialidade e que ajuda a própria pessoa a descobrir o seu caminho para se sentir melhor.
Há outras atividades que são terapêuticas que não são terapia.A prática de esportes, de atividades ligadas à arte __ seja executando ou simplesmente contemplando__ viagens e lazer, ajudam a equilibrar o processo de elaboração mental dos problemas e aliviando tensões e estresse. Mas o psicólogo cria ao seu paciente um espaço seu. De reflexão sobre sua vida e sobre suas relações com o outro. O que muitas vezes ajuda a transformar aquilo que emocionalmente não está legal.



Deixe sua opinião. Você já fez terapia? Conte sua experiência aqui com seus comentários.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “o estado de completo bem-estar físico, mental e social” e não meramente a ausência de doença. Ao ampliar esta visão, dissociada do modelo exclusivamente médico para entender que o sujeito está inserido em um contexto, que o determina e é determinado por ele, está falando também de cultura, meio-ambiente e vida social. O estilo de vida precisa ser levado em conta para que se entenda o sujeito como um todo e não fragmentado em especialidades. Quando alguém adoece não é apenas o foco específico da doença que está atuando sobre ele, mas todas as questões psicossociais que ao mesmo tempo estão interagindo nesse momento da sua vida.

A tradição oral, ou seja, a forma de estabelecer comunicação via palavra

dita, seja em que meio for é o objeto de observação deste ensaio. A intenção é pensar como a tradição oral interage com o conceito de saúde definido pela OMS.

Ao nascer uma pessoa está necessariamente conectada ao mundo, a outras pessoas. O ser humano não se desenvolve ou sobrevive sem a influência cultural. Ele já nasce com uma história desde o momento em que é fecundado. Alguns têm essa história ainda mais ampliada, como é o caso das crianças amplamente desejadas e planejadas para nascer. Em algumas culturas existem crianças que antes de serem geradas já estão prometidas em casamento e até mesmo a nossa própria existência é registro concreto de milhares de pessoas que viveram antes de nós.

Dessa forma as narrativas, sobretudo os contos de primeira infância, que

vão cercar o processo de inserção social e de alicerce para o desenvolvimento da criança em seu meio, serão determinantes no adulto do futuro. Aprendemos quem somos ao longo da vida, pelo que os outros nos dizem e, aos poucos, vamos criando novas fontes e constituindo a singularidade de cada ser. Não é interessante? Ao mesmo tempo em que somos constituídos por nossa comunidade, somos únicos - ao nascer e ao longo da vida. Essa parece ser a grande dinâmica que vai nortear todo processo de crescimento em sociedade.

O ser humano morre por falta de afeto e amor. Muitas vezes, a fragilidade

física gerada pela miséria, pela falta de condições minimamente dignas de vida também se tornam agravantes. Mas também encontramos pessoas bem nascidas e com boas condições financeiras que adoecem por falta de amor. O que é a baixa auto-estima se não a dificuldade de se sentir querido, amado e desejado pelo outro e por si mesmo do jeito que somos? O sucesso pessoal, profissional, adaptativo e criativo muitas vezes é determinado pela qualidade de afeto, acolhimento e troca propiciados nas diferentes fases da vida.

Um meio estimulante portanto, não está necessariamente ligado a recursos financeiros ou classe social mas aos cuidados que uma criança recebe e que será alicerce na sua trajetória de vida.

Contar histórias é um ato de troca. Quem conta está sempre num momento de

comunicação. Está sempre em interação com o outro. O contador precisa do ouvinte, pois sem ele essa troca não acontece. Isso se difere da leitura pois ela, muitas vezes, acaba sendo um ato individual. Além disso, é uma atividade acalmadora que exercita a concentração e o ato de ouvir. Ajuda no vocabulário e atiça a curiosidade pela busca de novas histórias. Não é uma narração feita de qualquer maneira, mas uma narração que precisa necessariamente provocar o imaginário e a fantasia. É também um potente instrumento de incentivo à leitura pois, ao ampliar o universo imaginário através da palavra oral, cria-se uma base para a leitura futura. Aprender a ler significa nesse contexto, aprender que um livro registra uma história que está além de suas linhas e que se inicia muito antes do processo de alfabetização. Só assim, o livro passa a ser vivo e passa efetivamente a dar prazer ou provocar sensações. Se não conseguirmos provocar sensações através das palavras não conseguiremos gostar de ler.

Hoje no mundo globalizado, adoecido e massacrado em que vivemos é de novo o universo das histórias que pode nos ajudar a dar voz àqueles que precisam falar. Todo mundo, mesmo antes de nascer, já faz parte de uma história: contando, sendo personagem ou ouvinte. E assim será até o fim dos nossos dias.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal, Final de Ano e Depressão

Final de ano é uma época simbólica de reflexão sobre um período especifico de sua vida e ao mesmo tempo de sentimentos importantes e contraditórios.... Se celebramos aos 4 ventos sentimentos de solidariedade, amor e homenagens..por outro lado tem pessoas que ficam muito melancólicas...deprimidas por perdas de pessoas queridas e por projeto e sonhos que não se concretizaram.

Por mais que o tempo não pare e não para mesmo, fazemos psicologicamente uma parada necessária culturalmente a reavaliar rumos. Nosso calendário de trabalho e estudo se baseia nisso bem como o ritmo cíclico da vida de início, meio e fim está presente nesta sensação de momento.

Primeira coisa... procure não ficar triste por quem se foi..pois a morte é apenas física e na lembrança tente pensar na felicidade dessa pessoa tão querida ter existido em sua vida por um tempo tão importante. É preciso deixar morrer aquilo que precisa morrer para que a vida se renove sempre. Mas isso não significa ficar lamentando e sofrendo.

O Bem atrai o Bem, a tristeza e a depressão atraem mais tristeza e depressão... e infelizmente...sem uma decisão sua de mudar ninguém pode fazer isso por você.

Acredite... por mais difícil que tenha sido esse período sempre podemos recomeçar novos bons momentos mesmo depois de momentos tão doloridos.

A depressão muitas vezes é fruto de uma visão da vida como algo preso ao passado ou pela saudade que se sente de não poder mais abraçar, sentir e olhar uma pessoa que lhe foi tão querida. Mas acredite..o amor é imortal, a saudade deve servir para trazer felicidade e não tristeza.
A vida é feita de momentos....presentes... agora....
O passado é uma referência e o futuro para ser maravilhoso precisa do caminho certeiro e otimista do presente...

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena" Fernando Pessoa...

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO